Ela surgiu como quem nada queria
e foi ficando
Por muito tempo ficou me filmando
até que resolveu se revelar.
Um certo dia,
quando só estávamos,
Ela se aproximou,
era o início de nosso pecado.
Seu nome ela me disse
e logo um beijo me deu,
mas não era um beijo comum,
era um beijo cheio de más intenções.
Meu corpo ela começou acariciar,
aquele momento começava a curtir.
Mas da minha namorada lembrei
e resolvi me distanciar.
Mas ela me queria
e disse que namorado também tinha
e aquilo não era traição,
era só um passa-tempo.
Estávamos em um lugar público
em qualquer momento alguém poderia aparecer.
Ela me pôs na parede
e começou a me lamber todo.
A safada sabia o que estava fazendo,
quando minha jeans ela tirou.
Um animal me tornei,
peguei ela ali mesmo.
A levantei, a joguei no sofá.
Tirei a blusa dela
e olha ria
gostava do que estava acontecendo.
Quando sua saia tirei
e sem calcinha a deixei,
Começamos a fazer de tudo um pouco,
ela só gemia e sorria.
Não pensei em nada,
só queria saber de saciar aquele prazer.
Ela tudo fazia e não reclamava,
Ela curtia, enquanto eu a devorava.
De pé, deitado,
no sofá, no chão,
qualquer lugar daquela sala,
deixamos nossa marca.
Foram os 40 minutos
que esqueci minha religião,
meus padrões, meus conhecimentos,
corpo e razão era um só.
Não foram só 40 minutos,
depois saímos dali
fomos para um lugar mais reservado
e lá continuamos.
Quando aquele loucura acabou,
nossos nomes não sabíamos,
nem fizemos questão de perguntar,
foi bom, mas na memória não iria ficar.
Quando em casa cheguei,
para minha namorada liguei
e a chamei,
iria repetir, para aliviar a consciência.
Quando ela chegou,
de sexo ela não quis saber,
ficamos assistindo o Jornal Nacional
e meu mundo não queria mais aquilo.
Quando fui dormir,
com a louca sonhei
e quando acordei também
minha vida ficou um saco sem aquela loucura.
Não foi só sexo,
percebi que por tudo que tanto lutei,
nada me satisfazia,
percebi que robô já não era mais.
Da minha namorada separei,
minha casa virou uma bagunça,
larguei o emprego, voltei a estudar,
horários não mais existem.
Não foi só sexo,
foi algo mais,
algo que despertou o adormecido,
alguém que em mim morava, mas estava recluso.
Passei a transar mais,
mas transar mesmo.
Para Deus, perdão pedia,
mas no fundo, de nada me arrependia.
Eu fecho este poema
dizendo que me libertei,
e o que hoje sou,
foi o anjo do sexo que despertou.